quarta-feira, 16 de novembro de 2011

ALMA DE UM POETA

Cazuza, o poeta que falava o que pensava, que vivia com intensidade e com a loucura mais lúcida. Conheci esse poeta apenas nas músicas, nas rádios, na televisão, as letras que ele escrevia, pra mim naquela época eram apenas letras de um cara muito louco. Eu não tinha consciência do significado.
Hoje, entendo que a burguesia fede muito mais que qualquer pessoa possa imaginar, que o Brasil não mostra a sua cara de verdade, mostra apenas uma máscara que para a maioria assusta, e a piscina esta cheia e cada minuto entra mais ratos.
Que pena, hoje eu estar vendo desta forma, queria ver flores, mar azul, sol ou até mesmo um dia cinzento, mas com pessoas confiáveis. É! Quando nos tornamos adultos temos que aprender a entrar nessa piscina e nadar da maneira que os ratos nos ensinam.
E a revolta que eu, você, e tantas outras pessoas sentem?
Tem que deixar de lado, engolir a seco e fazer cara de que esta gostando. A hipocrisia vem ganhando a cada dia, e eu tenho que aprender a lidar com ela, isso me deixa louca por dentro e com uma angustia enorme. Acho que só os poetas sabem o que significa isso, a sociedade também sabe, mas tem que aceitar, porque podem acabar perdendo a maneira de sjstentar seus sonhos e a sobrevivência da sua família.
E eu?
Tenho que ser uma equilibrista. Às vezes me pergunto se estou vivendo no mundo certo, sinto-me estranha no meio de tanta gente diferente. Tento rir muito e me divertir com nada, mas tem hora, que a correnteza me pega tão forte que eu me sinto confusa e com raiva.
Quero justiça!
Quero na maioria das vezes, falar o que realmente estou pensando, mas não posso! Então, viro um hipócrita, como todos os outros, tenho que engolir um pedaço de espinho que vai cortando todos os meus sentimentos e sangrando por dentro, não posso fazer nada, fico quieta, apenas sentindo essa dor passar, para depois voltar a ser quem sou de verdade e a cada dia aprendendo ou suportando viver nesse mundo. Sinto-me estranha, tentando adaptar-se na sociedade de burgueses, de ratos, de hipócritas.
E quem sabe um dia eu consiga voltar para o meu planeta, com pessoas que pensam e sentem os mesmos sentimentos que sinto.

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